sábado, 18 de outubro de 2014

Os Medicamentos mais utilizados em emergências psiquiátricas

Olá meus amigos, letrados ou leigos, essa nossa postagem de hoje vem trazer informação sobre alguns medicamentos mais utilizados por pacientes psiquiátricos... bom vamos lá...



Haldol ou Haloperidol:
Antipsicótico e neuroléptico – Atua no SNC ( Sistema Nervoso Central) inibindo o tônus mental, melhorando os sintomas e sinais da psicose e de alterações de comportamento, ou, mais especificamente, agitação e agressividade.
Administração: - Pode ser administrado por via oral, intramuscular e endovenosa.
Efeitos Colaterais: Tontura, Cefaléia, Tremores, Hipotensão Postural, Dispnéia e possível impregnação são os principais efeitos.


Clorpromazina ou Amplictil
  É do mesmo grupo farmacológico do haloperidol, porém, é utilizada em casos de agitação psicomotora intensa com real possibilidade de auto ou heteroagressão, exigindo um poder sedativo maior.
Administração: Intramuscular
Obs: O risco de provocar depressão respiratória é mais acentuado.

Valium, Rivotril, Diazepan e Clonazepan.
Benzodiazepenicos que atuam como depressores do SNC com ação Ansiolítica, miorrelaxante e sedativa. São Utilizados em crises convulsivas, ansiedade e depressão. 
Administração:  Via Oral, Intramuscular ou endovenosa
Efeitos Colaterais: Sonolência, Fadiga, Dificuldade de concentração, letargia, hipotensão, taquicardia e depressão respiratória.

Depakene ou Acido Valproico.
Pertence ao grupo dos antiepiléticos tem ação no SNC com ação diminuindo os episódios de comportamento maniaco, Tem metabolização hepática e excreção renal.
 Administração:  Via Oral, Intramuscular ou endovenosa.
Efeitos Colaterais: Tontura, cefaléia e disturbios gastrointestinais.

Dormomide ou Midazolan.
Indutor do sono, de curta duração e efeito quase imediato.  É utilizado asociado ao haloperidol em casos de agitação e agressividade.
Administração:  Via Oral, Intramuscular, Endovenosa e inalação
Efeitos Colaterais:  Hipotensão postural,  e amnésia temporária.
Obs: Conhecido fora dos meios profissionais como Boa Noite Cinderela

Carbamazepina ou Tegretol
É um anticonvulsionante, igualmente utilizado como sedativo e miorrelaxante. Atua no SNC.
Efeitos Colaterais:  Vertigens, sonolência, ataxia ( desordem e falta de coordenação nos movimentos voluntários) Distúrbios gastrointestinais.
Administração:  Via Oral

Prometazina ou Fernegan
Utilizada em associação ao haloperidol e outros neurolépticos, é um fármaco do grupo dos anti-histamínicos, possui efeito sedativo leve e atenuante de impregnação


 O Video abaixo é só pra ilustrar, não tem teor técnico, somente lúdico, mas é divertido.


Obrigado aos amigos, amantes e curiosos por Psicologia.


Bibliografia : Unidade I - Manejo e condutas nas Emergências Psiquiátricas pag 216 e 217

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

sábado, 11 de maio de 2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

FRASES CELEBRES...


sábado, 16 de março de 2013

ESCALA DE DEPRESSÃO GERIATRICA DE YESAVAGE


Depressão é problema de saúde frequente entre idosos, embora a identificação desses pacientes seja
muitas vezes difícil na prática clínica. Nesse sentido, a avaliação sistemática dos indivíduos nessa faixa etária
pode contribuir para melhorar a detecção dos casos de depressão



Apresetaremos aqui duas versões a resumida e a integral






. Este estudo foi desenhado com o objetivo de avaliar a confiabilidade de teste-reteste das versões com 15, 10, 4, e 1 itens da Escala de Depressão em Geriatria (GDS). Foram selecionados 64 indivíduos com 60 ou mais anos de idade atendidos de forma consecutiva nos ambulatórios da Unidade de Idosos do Departamento de Saúde Mental da Santa Casa de São Paulo entre fevereiro e maio de 1998. Todos preenchiam critérios para o diagnóstico de transtorno depressivo (em remissão ou atual) de acordo com a CID-10 e apresentavam escores maiores do que 10 no Mini-Exame do Estado Mental. Eles foram avaliados duas vezes com a GDS-15, sendo as entrevistas conduzidas com intervalo de 48 a 72 horas. Cinquenta e um pacientes aceitaram participar do estudo. A concordância entre os escores de itens individuais da escala foi avaliada pelo coeficiente estatístico Kappa. Estes oscilaram entre 0,04 e 0,49, indicando baixa estabilidade na resposta dos pacientes. Os escores totais da GDS-15 mantiveram-se relativamente estáveis durante o reteste, conforme indicado pelo teste pareado de Wilcoxon (z=1,60; p=0,109), correlação de Spearman (rho=0,86; p<0 a="" appa="0,64)." de="" e="" foi="" gds-10="" kappa="" mesmo="" no="" o="" observado="" p="0,402),</p" padr="" para="" ponderado="" teste="" wilcoxon="" z="0,85;">
Spearman (rho=0,81; p<0 10="" 15="" 1="" 4="" a="" appa="0,60)." apresentam="" as="" baixos="" cl="" coeficientes="" com="" confiabilidade.="" confiabilidade="" consideram="" da="" das="" de="" do="" e="" es="" escalas.="" escore="" escores="" essas="" esses="" gds-4="" gds="" i="" indicam="" isso="" kappa="0,37)." lado="" limitada.="" m="" mostrou="" na="" nica="" o="" os="" outro="" p="" para="" particularmente="" pode="" ponderado="" por="" pr="" quando="" que="" relativa="" resultados="" reteste="" rho="0,56;" se="" ser="" significativas="" sugere="" t="" tens="" teste="" tica="" totais="" total="" utilidade="" utilizada="" varia="" vers="" z="3,75;">























22-  Sente-se sem esperança?                                 (  ) Sim  (   )  Não
23- Acha que os outros tem mais sorte que você? (   ) Sim (   )  Não
24- Preoculpa-se com coisas sem importancia?     (   ) Sim (   )  Não
25- Sente frequentemente vontade de chorar?       (   ) Sim (   )  Não
26- É dificil para você concentrar-se ?                   (   ) Sim (   )  Não
27- Sente-se bem ao Despertar?                             (   ) Sim (   ) Não
28- Prefere evitar as reuniões sociais?                    (   ) Sim (   ) Não
29- É facil para você tomar decisões?                    (   ) Sim (   ) Não
30- O teu raciocinio esta tão claro como antes?     (   ) Sim (   )  Não


Fontes:
http://www.slideshare.net/tainamesquita/escala-de-depresso-geritrica-yesavage-1983
http://www.scielo.br/pdf/anp/v57n2B/1446.pdf





SEXUALIDADE HUMANA

A sexualidade a muitos tempos é estudada e descoberta, mas de forma geral oque norteia é o momento politico mundial, na biblia sagrada o homossexualismo é tratada como " algo do capeta" em Deuteronomios ela diz: "...MALDITO O HOMEM QUE DEITA COM OUTRO HOMEM EM CONDIÇÃO DE MULHER..." onde antes o homossexualismo era tido como doença, até tratada como tal, hoje ha pouco mais de 100 anos ela não passa de uma escolha ou opção, abrindo tambem assim um leque de sub-grupos, ou será eles já existiam e vem a ser mais divulgado e rotulados agora.
Segue abaixo os grupos existente registrados no conselho.
  1. Heterossexualidade
  2. Homossexualidade
  3. Bissexualidade
  4. Travestismo
  5. Transsexualidade
  6. Sadomasoquismo
  7. Ninfomania
  8. Satiriase
  9. Frigidez
  10. Assexualidade
  11. Hemafroditismo



1- Heterossexualismo
O Heterossexual procura prazer sexual no outro: A pessoa que é HETERO, só busca o HOMO pois não acha o prazer no parceiro.









2-Homossexualidade -  O prazer sesual é buscado com o mesmo Sexo
Homossexualidade atransitoria que é do adolecente ele tem que descobrir do que ele gosta.
Homossexualidade Situacional- A situação leva a isso, sai da situação e ele volta a ser hetero.




3- Bissexualidade - Ele busca o prazer em ambos os sexos, pode ser casada, ter tesão pelo marido mas tambem busca uma mulher.



4- Travestismo - Se veste de ex: o homem se veste de mulher, ele não é necessariamente homosexual.

5- Transsexualidade - não aceita o corpo que tem, Homem nasce homem mas não consegue aceitar o corpo pois a mente dele é feminina esse em casos extremos até chega a cortar o penis, toma hormonio da mulher, a voz fica fina para de narcer pelo..


domingo, 3 de março de 2013

Nove pilares psicológicos de um bom casamento



Por Dr. Ailton Amelio
Recentemente, em 2012, a prestigiosa Associação  dos Psicólogos Americanos (American Psychological Association - APA), em colaboração com Judith Wallerstein, apresentou um resumo das nove tarefas psicológicas que contribuem para que um bom casamento (“Nine psychological tasks for a good marriage”)1. Esse resumo foi baseado no livro dessa autora: “The Good Marriage: How and Why Love Lasts” (Houghton Mifflin, 1995).

Vou apresentar aqui essas nove tarefas psicológicas e comentá-las brevemente. Embora eu não creia que a boa execução dessas tarefas seja suficiente para garantir que um casamento seja feliz e dê certo, sem dúvida, executá-las satisfatoriamente contribui para que isso aconteça.
Nove tarefas psicológicas que contribuem para que um bom casamento
Aqui estão as nove tarefas apresentadas por esta autora e os meus comentários para cada uma delas




1- Separar –se emocionalmente da família que lhe criou. 
Isso deve acontecer não a ponto de estranhamento dos parentes, mas o suficiente para que sua identidade seja separada das dos seus pais e irmãos. Para se tornar um adulto independente é necessário separar a sua identidade psicológica da identidade dos pais e irmãos. O cônjuge de uma pessoa que não se tornou suficientemente independente das suas família de origem sente que tem menos influencia nos acontecimentos que dizem respeito ao casal do  que os parentes do seu cônjuge.
Claro que as ligações com as famílias de origem são bem vindas e saudáveis! Trata-se apenas de obter o grau de independência psicológica que possibilita a formação de uma nova unidade conjugal. O novo lar deve ser a prioridade.
2- “Construir a união baseada na intimidade compartilhada e na identidade conjugal e, ao mesmo tempo, que ofereça proteção à autonoçmia de cada parceiro”.
O compartilhamento da intimidade é a cola do relacionamento. Para que um casamento se concretize no plano psicológico é necessário que cada cônjuge comunique para o outro os seus sentimentos, ideias e planos. É claro que existem limites para isso. Nem tudo pode e deve ser revelado. Além disso, cada cônjuge deve ser honesto e pode e deve se posicionar sobre o que o outro está revelando. A unidade conjugal estará funcionando bem neste quesito quando há um bom grau de comunicação das intimidades mais significativas e há uma aceitação substancial pelo outro cônjuge daquilo que foi comunicado.
3- Estabelecer uma relação sexual rica e prazerosa protegê-la contra a invasão do local de trabalho e obrigações familiares.
Muitos casais reclamam que a vida sexual, que era intensa e prazerosa no inicia do relacionamento, acabou se enfraquecendo e se tornando rara devido ao cansaço e estresse produzidos pelo trabalho e pelos cuidados com os filhos. A relação entre o casal foi cedendo espaço para as obrigações do trabalho e para as ocupações com a família.
É natural que todo aquele tempo que o casal reservava para si no início do relacionamento vá cedendo espaço para outros afazeres à medida que o relacionamento amoroso vai se solidificando e outras funções vão sendo incorporadas e desempenhadas. Embora possa haver exageros em ambos os sentidos, o mais comum é que a vida do casal vá sendo cada vez mais sacrificada pelas atividades profissionais e pelos cuidados com a casa e os filhos. 
4- Para os casais com filhos é necessário saber assumir adequadamente os papéis assustadores da paternidade e absorver o impacto da entrada de um bebê no casamento e, ao mesmo tempo, proteger a privacidade do casal.
O nascimento de um filho é uma ocorrência que pode virar de pernas para o ar muitos aspectos do relacionamento conjugal. A criança toma uma boa parte do tempo do casal: hora das mamadas, troca de fraldas, choros, idas ao pediatra. Ela é um ser totalmente dependente e cheio de necessidades. Além disso, ficamos fascinados com o milagre da chegada daquele ser maravilhoso. Muitos pais se apaixonam pelo rebento e ficam dispostos e disponíveis a sacrificar qualquer coisa para acumulá-lo de cuidados. O tempo disponível para as atividades do casal é imediatamente sacrificado: os passeios, os jantares, as festas, as horas de conversar e namoro, aqueles encontros sexuais demorados. Em parte, tudo isso é inevitável e é bom que seja assim! No entanto, os exageros na dedicação aos filhos prejudicam a vida do casal e, em decorrência, a dos próprios filhos.
5- Enfrentar e dominar as crises inevitáveis da vida.
Todos os envolvidos em relacionamentos duradouros enfrentarão diversas crises em algumas ocasiões: perda do emprego, prejuízos econômicos, perda de parentes, doenças. O enfrentamento adequado dessas crises depende de três fatores: (1) magnitude da tensão e da irritação que elas produzem e que poderá provocar intolerâncias e brigas entre o casal, (2) qualidade da estrutura psicológica dos cônjuges e do casamento que pode contribuir para a superação ou agravamento da crise e (3) apoio psicológico do cônjuge para ajudar aquele que está enfrentando os problemas. A qualidade e quantidade de apoio que um cônjuge oferece para o outro que está enfrentando uma crise contribui muito para fortalecer ou enfraquecer o relacionamento (“Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...”).
6 - Manter a força do vínculo conjugal em face da adversidade. O casamento deve ser um porto seguro no qual os parceiros são capazes de expressar suas diferenças, raiva e conflito.
Em todo o relacionamento amoroso duradouro é natural que existam conflitos e diferenças crônicas. A expressão da raiva deve ser admitida neste tipo de relacionamento. O que provoca danos é a maneira de expressar a insatisfação e outros sentimentos negativos. John Gottman, famoso pesquisador e escritor dessa área, identificou quatro maneiras de tratar desacordos e irritações que podem provocar sérios danos ao relacionamento (“Quatro cavaleiros do apocalipse”): (1) criticismo: apresentar uma chuva de críticas.  Isso só serve para agredir e não para identificar e solucionar os problemas. (2) Desrespeito (atacar a personalidade do parceiro: você é preguiçoso, não confiável, incapaz, burro). (3) Defensividade: assim que o parceiro começa a apresentar uma reclamação, o outro começa a  pensar em como se defender ou contra-atacar o que está sendo apresentado e, não, em considerar se a reclamação é procedente e como atende-la e (4) indiferença: concluir que não vale a pena ouvir seriamente o parceiro e se posicionar sobre aquilo que ele está dizendo. (“Entrar por um ouvido e sair pelo outro”).
7- Usar o humor e o riso para manter as coisas em perspectiva e para evitar o tédio e isolamento.
Existem evidencias de que o humor é uma forma avançada e mais madura de proteger o eu. O humor também serve para abordar assuntos tensos ou perigosos sob um ângulo menos ameaçador: é uma maneira de diminuir a gravidade e tratar de assuntos que podem disparar agressividade entre o casal.
8- Nutrir e confortar um ao outro, satisfazendo as suas necessidades de dependência e ofertar encorajamento e apoio contínuo para aquele que estiver precisando.
Uma atitude extremamente valiosa que é muito nutritiva para qualquer tipo de relacionamento afetivo é a priorização da satisfação do parceiro acima de considerações como racionalidade da decisão, ganhos e perdas produzidos pela opção, opinião publica contraria ou favorável ao que está sendo decidido.
Claro que aquilo que cada parceiro deseja pode e deve ser discutido pelo outro. Mas, se o parceiro continuar mostrando que algo é importante para ele,  apesar de todas as considerações em contrário, esse sentimento deve ser o critério mais importante para o outro parceiro decidir apoiá-lo.  Por exemplo, um dos parceiros quer fazer uma reforma da casa. O outro quer aplicar o dinheiro. Ambos conversam sobre essa decisão e como o casal não vai ficar em risco com o gasto com a reforma, aquele que queria fazer a aplicação muito lucrativa concorda que melhor que o lucro é a satisfação que o parceiro vai ter com a reforma.
Devemos partir do principio que apoiar aquilo que é importante para o parceiro não vai produzir nenhum absurdo, porque ele é uma pessoa razoável e dotada de bons sentimentos. Caso não seja possível pensar assim a seu respeito, deve-se considerar, então, se o relacionamento com ele vale a pena.
9- Manter vivas as primeiras imagens românticas enquanto enfrenta as realidades sóbrias das mudanças provocadas pelo tempo.
Um estudo mostrou que aqueles casais que têm boas recordações sobre suas historias românticas são mais felizes do que os casais que não conseguem ter boas recordações sobre os inícios de seus relacionamentos. Aqueles casais que estão infelizes tendem a reformular suas historias ou a relembrar mais dos fatos ruins. Terapeutas podem ajudar os casais a desenvolver uma versão das suas vidas que seja positiva e bonita. Uma das maneiras de iniciar esse trabalho é convidar cada cônjuge para elaborar a historia do seu relacionamento sob um ângulo positivo, como se essa historia fosse o roteiro de um filme romântico e bonito.
Nota
1- http://www.apa.org/helpcenter/marriage.aspx (consultado em 02/03/2013)
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domingo, 23 de dezembro de 2012

Mulheres que amam de menos



Mulheres que amam de menos

                                                              por DR. Ailton Amélio
“Diamonds are forever [...] I don’t need love”. 
(Musica do filme “Diamonds are Forever” de James Bond – 007, 1971)

As capacidades para sentir atração, se apaixonar e amar
variam bastante entre as pessoas. Algumas sentem atração,
se apaixonam e amam com muita facilidade enquanto outras
dificilmente experimentam estes sentimentos. Felizmente, a
grande maioria das pessoas está entre estes dois extremos.
As pessoas que têm disfunções nestas capacidades são
aquelas que têmfacilidade excessiva ou dificuldades para se
envolver afetivamente. Neste artigo vou abordar principalmente
a dificuldade para se envolver afetivamente, porque creio
que este caso atinge uma maior quantidade de pessoas.
Facilidade excessiva para se envolver afetivamente
Uma parte daqueles que têm facilidade excessiva para se envolver
 amorosamente sente atração por inúmeras pessoas, se apaixona
a todo o momento e relata um grande número de amores. Esta
 facilidade excessiva também tem conseqüências negativas. A primeira
 delas é que estas pessoas são muito pouco exigentes na escolha de
 parceiros amorosos. Em segundo lugar, elas são socialmente
 mal vistas. São rotuladas pejorativamente como “galinhas” e “fáceis”.
 Em terceiro lugar, muitos possíveis parceiros evitam se envolver com este
 tipo de facilidade. Isto ocorre por diversos motivos como, por exemplo,
 os possíveis parceiros sentem que não são especiais, já que estas
 pessoas “se envolvem com qualquer um”.
Dificuldades para se envolver afetivamente
Quando suspeito que um paciente tem dificuldade para se envolver
amorosamente, faço três perguntas (sugiro que você também as responda agora):
1- Quantas pessoas existem no seu círculo de relações pelas quais você
sente atração amorosa que seria pelo menos suficiente para iniciar um
 relacionamento amoroso? (Para responder esta questão desconsidere
 o fato de você ou de estas pessoas já estarem comprometidos).
2- Quantas vezes você já se apaixonou na vida?
3- Quantas vezes você já amou na vida?
Quando a pessoa que procura o meu consultório relata que está tendo
 dificuldades para iniciar relacionamentos amorosos, sempre considero
 a possibilidade de ela estar com algum tipo de distúrbio da
 capacidade para se envolver amorosamente. Esta hipótese se confirma
 caso ela tenha mais de vinte anos, relate que ninguém ou quase ninguém
 a atraia, que ela esteja neste limbo afetivo há muito tempo, que talvez nunca
 tenha se apaixonado ou que haja dúvidas sobre isso e que ela nunca tenha
 amado na vida ou que haja dúvidas sobre isso.
Por outro lado, se ela revela um número muito grande de todos estes
 tipos de envolvimento amoroso, o mais provável é que ela
tenha facilidade para iniciar relacionamentos, mas que estes não durem
 muito tempo. Para você ter uma idéia do que seria uma quantidade
 muito pequena ou muito grande de cada um destes tipos de
envolvimento afetivo, considere as duas seguintes pesquisas que eu realizei.
A primeira pesquisa foi realizada com 51 universitários da cidade de São Paulo,
 27 mulheres e 24 homens. A idade média destes estudantes era 20,4 anos,
 variando entre 17 e 29 anos. Solicitei a este grupo de estudantes que
 respondesse à seguinte questão:
“Neste momento, no meu círculo de relações existem _________ (colocar o número)
 pessoas que me atraem, com as quais eu poderia ter, no mínimo, um belo caso de
 amor, caso não houvesse nenhum impedimento (comprometimento com outra pessoa etc.)”
Em média, as mulheres relataram que havia 2 pessoas pelas quais
 sentiam este tipo de atração e os homens relatam que sentiam este
 tipo de atração por 2,4 pessoas.
A segunda pesquisa identificou as quantidades de paixões e
amores que 368 estudantes universitários tiveram durante suas vidas
. A média de amores que estes universitários tiveram na vida era 1,3. A
 média de paixões que tiveram na vida era 3,6. Apenas 4% destes
 estudantes nunca tinham se apaixonado e apenas 13% deles nunca
 tinham amado até esta idade. No outro extremo, apenas 10% deles
tinham se apaixonado 7 ou mais vezes e apenas 4% deles tinha
 amado 4 ou mais vezes. As pessoas que incidiram nestes dois
extremos, ausência ou uma quantidade muito grande de amores e
 paixões, provavelmente são aquelas que tinham muita
dificuldade e muita facilidade, respectivamente, para desenvolverem
 estes dois tipos de envolvimentos amorosos. (Leia gratuitamente
a íntegra deste estudo na Internet. Para obter este artigo coloque
 o nome “O conteúdo da vida amorosa” em uma ferramenta de busca).
É esperado, por
 motivos óbvios,
 que pessoas com
 menos de 24 anos
 tenham tido uma
 quantidade menor
 de amores e paixões
 do que a relatada
 por estes estudantes
 universitários e que
 aquelas acima desta
 tenham tido uma quantidade
 maior de ocorrência
 destes sentimentos do
 que eles.
Funções das capacidades para sentir atração amorosa e amar
A capacidade moderada para o envolvimento amoroso facilita o início
 e desenvolvimento dos relacionamentos amorosos. Algumas das
 contribuições deste tipo de capacidade são as seguintes:
(a) A atração romântica e sexual é um bom critério para escolher um parceiro.
Os amigos e os parceiros amorosos possuem várias características
 semelhantes. Este tipo de atração ajuda a distinguir aquelas pessoas
 pelas quais sentimos apenas amizade daquelas que nos atraem
 amorosamente. Como escolhemos um parceiro amoroso? Certamente não
 levamos no bolso uma lista de atributos que consideramos importantes
 neste tipo de parceiro. Funcionamos de uma forma diferente: simplesmente
 sentimos atração por algumas pessoas e não sentimos por outras. A atração
 que sentimos por uma pessoa é um forte indicativo de que ela tem as
 características que queremos em um parceiro para esta finalidade.
(b) A atração, a paixão e o amor são requisitos para o envolvimento em um
 relacionamento amoroso.
Sentir atração é um requisito para iniciar um relacionamento amoroso:
 as pessoas geralmente procuram desenvolver uma relação amorosa
 com aqueles por quem estão apaixonadas, amam ou, pelo menos,
 sentem atração amorosa. Só naquelas culturas onde o casamento
 é arranjado é que estes sentimentos não são considerados requisitos
 essenciais para iniciar um relacionamento amoroso. Uma pesquisa
 realizada por Levine e colaboradores (1995) mostrou que o amor é
 considerado um requisito muito importante para o casamento nas
 culturas ocidentais. Estes autores pediram para que pessoas de onze
 países (inclusive do Brasil) respondessem à seguinte questão:
“Se um homem (mulher) tivesse todas as qualidades que você deseja, você
 se casaria com ele(a) mesmo se não o(a) amasse?”
A grande maioria das pessoas dos paises ocidentais disse que não
 casaria com tal pessoa. Para elas o amor como necessário para o
 casamento (por exemplo, no Brasil 85,7 % das pessoas disseram
que só casariam se houvesse amor).
(c) O envolvimento amoroso mobiliza recursos para atrair o parceiro.
O envolvimento amoroso funciona como uma fonte de energia
 para as ações amorosas. Por exemplo, quando sentimos atração
 por alguém, esta atração faz com que nos sintamos motivados
para tentar agradar, conquistar e iniciar um namoro com esta pessoa:
 nos vestimos melhor quando sabemos que vamos encontrá-la,
ficamos “derretidos” na sua presença, procuramos encontrá-la, agradá-la etc.
(d) A expressão do envolvimento amoroso dá esperança para o parceiro de
 que ele será bem-sucedido para iniciar e desenvolver este tipo de
 relacionamento. Segundo Stendhal, famoso autor do livro “Do Amor”
 que trata do apaixonamento, a esperança é um dos requisitos para
o nascimento do amor.
Causas das disfunções para se envolver amorosamente
Muitas daquelas pessoas que se dizem “exigentes” têm dificuldades
 para o envolvimento amoroso. Muitas pessoas que se acham sem
 atrativos e que sentem que não serão correspondidas também
desenvolvem mecanismos para não se envolverem, já que se
envolver e não ser correspondido produz sofrimento
 (“As uvas estão verdes”).
Existem diversos tipos de causas para a dificuldade de sentir
 atração amorosa. Os principais são os seguintes:
(1) possuir estilos de apego evitativo. Quem tem este estilo
geralmente teve uma mãe distante, pouco protetora e pouco afetiva.
 Tais pessoas desenvolvem um "modelo mental", que dificulta o
envolvimento profundo. Elas têm dificuldades para estabelecer vínculos
 afetivos que impliquem em proximidade e confiança mútua.
(2) Ter sido traumatizado em um relacionamento amoroso anterior.
 Por exemplo, se essa pessoa foi traída e agredida por um parceiro.
(3) Ter sido exposto a modelos inadequados de relacionamento
amoroso. Por exemplo, se essa pessoa foi criada por pais que não se amavam.
(4) Escassez de parceiros adequados. Certas pessoas freqüentam
 locais onde raramente encontram possíveis parceiros disponíveis e compatíveis.
(5) Falta de esperança para atrair um parceiro adequado. Algumas
 pessoas se acham incapazes de atrair os parceiros adequados
 porque se acham feias e sem graça.
(6) Coração ocupado. Quem já tem um amor, correspondido ou
 não, tem dificuldade para se apaixonar por outra pessoa.

A maioria destas dificuldades pode ser corrigida com boas novas
 experiências. Os casos mais severos necessitam de um bom
 tratamento psicológico. Ame e seja amado ou amada!

terça-feira, 20 de março de 2012

Fantasias Sexuais

Um grande abraço aos amigos do nosso Blog, disponibilizei abaixo o Artigo do Dr. Ailton Amelio, espero que apreciem.

Fantasias sexuais


As fantasias sexuais têm um papel muito importante em diversas fases do sexo: elas contribuem para o nascimento e para a ampliação do desejo, fazem parte da masturbação e podem estar presentes durante o sexo com o parceiro. Embora as fantasias possuam tal importância, as pessoas possuem poucas informações sobre elas e sobre o que se passa com as outras pessoas neste setor. Dois dos motivos para esta ignorância são o tabu que cerca este assunto e a pouca disponibilidade de informações confiáveis.

Neste artigo vamos examinar duas pesquisas que ajudam a responder as duas

seguintes questões sobre as fantasias sexuais:
• Quais são as fantasias sexuais mais comuns?
• Homens e mulheres têm as mesmas fantasias sexuais?

A primeira destas pesquisas foi realizada na cidade de São Paulo com um pequeno grupo de pós-graduandos. A segunda foi realizada nos Estados Unidos com uma amostra representativa da população americana.


Fantasias sexuais de universitários


Há tempos atrás, orientei uma pesquisa sobre as fantasias e práticas sexuais de pós-graduandos. Este estudo foi realizado com 50 estudantes de pós-graduação de uma universidade paulista. Este grupo de estudantes era constituído por 25 homens e 25 mulheres, cuja média de idade era 29 anos. Solicitamos a eles que respondessem um questionário que continha descrições sucintas de 57 atividades sexuais. Cada estudante tinha a tarefa de assinalar a freqüência com que fantasiava cada uma destas atividades e a freqüência com que praticava cada uma delas. Vamos comentar aqui apenas as percentagens de estudantes que fantasiaram estas práticas sexuais pelo menos uma vez em suas vidas. As práticas sexuais mais presentes nas fantasias dos estudantes (90% ou mais para pelo menos um dos sexos) e as respectivas percentagens de estudantes que tiveram estas fantasias são mostradas na tabela abaixo.


Nessa tabela, as fantasias se classificam em:

Atos que fornecem um contexto afetivo ou incluem um compromisso entre os praticantes do ato sexual. Dois dos atos que aparecem na tabela pertencem a este grupo: “Caminhar de mãos dadas com o parceiro”, “Casar-se”,
Ambientes onde ocorrem os atos sexuais. Um ato sexual: “Fazer sexo em locais não usuais.”
Descrição de propriedades das práticas sexuais. Dois atos sexuais: “Fazer sexo durante horas”, “Fazer sexo em posições não usuais”.
Práticas que aumentam o desejo e a excitação (“preliminares”). Sete dos dezessete atos que aparecem nesta tabela pertencem a este grupo: “Tocar/beijar sensualmente”, “Ser sensualmente tocado/beijado”, “Beijar/acariciar o peito nu do parceiro “, “Abraçar e acariciar o pescoço”, “Seduzir o parceiro”, “Ser seduzido pelo parceiro”, “Ver o parceiro se despir-se/despir-se diante do parceiro/ despir-se mutuamente”.
Práticas sexuais propriamente ditas. Cinco atos sexuais pertencem a este grupo: “Masturbar o parceiro”, “Ser masturbado pelo parceiro”, “Receber sexo oral”, “Fazer sexo oral no parceiro” e “Fazer sexo oral mútuo (os dois ao mesmo tempo)”.

De fato, o ato sexual mais freqüentemente fantasiado tanto por homens como por mulheres é a penetração vaginal. Este fato foi indicado por várias outras pesquisas como, por exemplo, na pesquisa americana citada mais para frente. Devido a uma falha técnica, este ato sexual não foi incluído na lista oferecida para os estudantes que participaram da nossa pesquisa.


Diferenças entre homens e mulheres

Os resultados deste estudo apontaram uma alta dose de semelhanças nas fantasias sexuais de homens e mulheres: só foram constatadas diferenças significativas entre eles em apenas 7 das 57 práticas sexuais cujas descrições constavam no questionário usado neste estudo.

Essas práticas são as seguintes:

• “Casar-se”(92% das mulheres e 64% dos homens);
• “Ser protegido pelo perigo por alguém que se tornará seu parceiro” (68% das mulheres e 40% dos homens);
• “Vestir-se com roupas/peças eróticas” (72% das mulheres e 36% dos homens);
• “Ser forçado a submeter-se a atos sexuais”(32% das mulheres e 8% dos homens).
• “Fantasias homossexuais” (44% das mulheres e 16% dos homens).
• “Assistir outras pessoas fazendo sexo” (68% dos homens e 40% das mulheres)
• “Fazer sexo com um parceiro virgem” (76% dos homens e 36% das mulheres).

Uma maior percentagem de homens fantasiam a prática de sexo anônimo. Uma percentagem maior de mulheres fantasiam atos que indicam envolvimento afetivo e comprometimento.

As fantasias onde foram constatadas estas diferenças entre homens e mulheres são coerentes com as idéias que têm sido divulgadas em publicações desta área, dirigidas para o público não-especializado. Segundo estas publicações, as mulheres são o “sexo frágil”, por isso elas fantasiam “Ser protegidas do perigo por alguém que se tornará seu parceiro” mais do que eles. Como os homens são mais “visuais”, elas fantasiam vestir roupas eróticas para exibir-se e provocar o desejo no parceiro. Como os homens gostam de sentir-se “dominadores”, elas fantasiam “Ser forçadas a submeter-se a atos sexuais”. É claro que cada uma destas fantasias também pode ser do agrado das próprias mulheres por motivos intrínsecos. As mulheres também têm mais fantasias homossexuais do que os homens; isto parece ser coerente com as normas sociais que são mais permissivas com as praticas homossexuais femininas (por exemplo, os filmes pornográficos para homens heterossexuais freqüentemente mostram mulheres transando entre si, mas, quase nunca homens transando).

Os homens, segundo este mesmo tipo de publicação, são mais visuais e gostam mais de sexo sem envolvimento. Por isso, eles fantasiam mais “Assistir outras pessoas fazendo sexo”. Eles também valorizam mais o recato de suas parceiras fixas, porque “têm menos certeza da própria paternidade do que elas”. Por isso, eles fantasiam mais “Fazer sexo com uma parceira virgem”.


Pesquisa americana sobre as práticas sexuais mais desejadas e mais indesejadas

Uma das pesquisas mais completas sobre a sexualidade foi realizada nos EUA. Esta pesquisa foi aplicada em uma amostra representativa da população americana. Uma das questões desta pesquisa tratava das práticas sexuais que eram mais atraentes para homens e mulheres, e pedia aos participantes que classificassem várias praticas sexuais como muito atraentes, atraentes, não-atraentes e totalmente não-atraentes. Vamos ver alguns dos principais resultados desta pesquisa.

Práticas sexuais consideradas atraentes ou muito atraentes por homens e mulheres que participaram desta pesquisa:

Homens
Sexo vaginal: 95%
Ver o parceiro tirar a roupa: 93%
Receber sexo oral: 83%
Fazer sexo oral: 76%
Mulheres
Intercurso vaginal: 96%
Ver o parceiro tirar a roupa: 81%
Receber sexo oral: 88%
Fazer sexo oral: 57%

Percentagens de homens e mulheres que consideraram as seguintes práticas sexuais não atraentes outotalmente não-atraentes:

Homens
Forçar alguém a fazer alguma coisa sexual: 98%
Ser forçado a fazer alguma coisa sexual: 97%
Sexo com um parceiro do mesmo gênero: 94%
Mulheres
Ser forçada a fazer alguma coisa sexual: 98%
Forçar alguém a fazer alguma coisa sexual: 98%
Sexo anal: 96%

(Estas informações foram estraídas do livro: MICHAEL, R. T.; GAGNON, J. H.; LAUMANN, E. O; KOLATA,G. Sex in America. New York: Warner Books, 1995).


Conclusões baseadas nestas duas pesquisas

Em linhas gerais, os resultados desta pesquisa americana são muito semelhantes aos da pesquisa que realizamos. Os resultados destas duas pesquisas, considerados em conjunto, indicam que:

(1) as pessoas geralmente fantasiam coisas comuns;
(2) homens e mulheres têm fantasias muito semelhantes e
(3) as poucas diferenças entre homens e mulheres acontecem na direção esperada: as mulheres preferem sexo dentro de um contexto onde haja afetividade e compromisso entre os praticantes e os homens têm mais tendência para o sexo por sexo, onde há menor necessidade de afeto ou compromisso, e são mais visuais do que as mulheres (possuem mais fantasias voyeurísticas).


Quais fantasias são “normais”?

Quando se fala de fantasias sexuais, um assunto que logo vem à tona diz respeito à normalidade dessas fantasias: quais são “normais” ou quais são “imorais” ou “pervertidas”.

Cada um, é claro, tem o direito de classificar as fantasias de acordo com seus próprios valores. No entanto, de um ponto de vista estritamente psicológico, uma prática sexual só é considerada problemática quando atende ao primeiro dos critérios abaixo e a pelo menos um dos outros dois seguintes:

• Persiste por um bom tempo (geralmente por seis meses ou mais)
• Prejudica um ou ambos os participantes.
• Prejudica terceiros.


Fantasie, pratique e melhore a sua vida sexual e o seu relacionamento amoroso.