Quem nessa vida um dia não se sentiu "peixe fora d'água"?
Porém, se em lugar disso o tempo da tristeza começa prolongar muito, é possível que esteja encobrindo uma depressão. Aqui, os sentimentos têm tons mais acinzentados: apatia, indiferença, desesperança, falta de perspectivas ou prazer pela vida. Sinal vermelho do organismo anunciando que é hora de pedir auxilio. A sintomatologia pode aparecer e desaparecer quase que sutilmente, mas é bom ficar atento, a depressão é uma doença recorrente e crônica. Classificada no grupo das "doenças afetivas", ou seja, aquelas que tem uma evolução cíclica, em que se alternam períodos depressivos e fases absolutamente saudáveis, nada tem de moderna. Hipócrates, o pai da medicina, descreveu seus sintomas, que podem manifestar de forma branda, quando as pessoas acreditam estar vivendo uma "fase ruim", indo á grave quando o paciente chega ao médico levado pela família, por comportamentos estranhos e fora da compatibilidade. Para diagnosticar a depressão é necessário observar os sintomas e suas intensidades, isolados e conjuntamente. A ciência, embora já tenha estudado muito, ainda tenta descobrir o que desencadeia a depressão. Empenha-se em desvendar as possíveis implicações genéticas da estrutura cerebral, a relação entre os mecanismos cerebrais e alterações psíquicas decorrentes de perdas de substâncias responsáveis pelo humor e estima. Porém, muito falta saber com rigor dessa doença que já é considerada o "mal do século". O tratamento é estabelecido em função dos sintomas apresentados e da intensidade do quadro. Devem ser acompanhados de um médico de confiança e podem durar longos períodos. Tem que ser levado muito a sério, já que o abandono dos medicamentos, no meio do tratamento é altamente prejudicial ao paciente. Por fim, motivação espiritual e emocional, exercícios físicos e reequilíbrio das energias corporais são indicados em grandes doses, em qualquer hora, sem qualquer contra indicação. É bom lembrar que essa é uma ajuda abençoada, já que os antidepressivos não são pílulas douradas e nem elixir da felicidade. Texto sob a orientação do Neurologista Reginaldo Paiva |
Autor: Neide Dellacqua |
Espaço dedicado ao Acadêmicos,Docentes, Profissionais e Amantes de forma geral pela Psicologia.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Tristeza ou Depressão ?
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